Eduardo Varandas garante que sua posição contra Cruz Vermelha no Trauma não tem cor partidária

Eduardo Varandas garante que sua posição contra Cruz Vermelha no Trauma não tem cor partidária

22/09/2011 | 12h23min

 

O procurador-chefe do Trabalho na Paraíba voltou, agora há pouco, a falar na audiência pública do Senado que trata da terceirização da saúde pública no Brasil. Varandas fez questão de deixar claro que sua posição é eminentemente técnica, desprovida de cor partidária. “Tanto que apontamos irregularidades desde a fundação do hospital e, lamentavelmente, nenhum governo se interessou em cumprir a lei no que diz respeito à necessidade de concurso público”.

 

Ele lembrou que tramita no Supremo Tribunal Federal ações do MPT contra a terceirização desde a época das cooperativas.

 

Varandas contestou o representante da Cruz Vermelha brasileira, Vítor Tadeu Ferreira, que havia afirmado que não havia terceirização. Segundo o procurador, não há como negar que há, sim, terceirização, independente de qualquer eventual eficiência na gestão. “Existe a terceirização sem qualquer sombra de dúvida. Se ela é lícita ou ilícita, o Supremo vai se pronunciar”.

 

“Ainda que nesse pouco período de gestão a Cruz Vermelha transformasse o Hospital de Trauma num paraíso, levamos em conta que temos uma Constituição vigente e tribunais do trabalho que avaliam o tema. O que observamos foi um flagrante desrespeito à legislação do trabalho no seu primado mais básico, rudimentar e elementar, que é a anotação na carteira do trabalho”.

 

Ele disse que não há desculpa para a retenção das carteiras de trabalho, como quis justificar o representante da CV alegando “falta de tempo hábil”. Segundo o procurador, a CLT é clara: as carteiras terão que ser devolvidas em 48 horas.

paraiba.com

Assessoria